quinta-feira, 29 de abril de 2010

Momento Único

Uma vez. Uma vez somente única. Você ainda que desconhecida, meus olhos fez brilhar. Prata reluzente. Noite fria, negra, noite fria. Manhã, perto tu estavas. Semanas não te vejo. Saudades de quem era desconhecido.

Ao longe te conhecer foi arrependimento do tempo perto que perdi.
Ao longe te conhecer foi querer pertencer a tua vida ao longe.
Escolhas diferentes em caminhos diferentes.
Separados pelas escolhas.
Juntos pelo pertencer ao momento passado.
"É como se a gente se pertencesse mesmo sem se pertencer".

Escolhas diferentes que pensamentos iguais fazem querer dar certo. Pensamento em outra vez somente única. Não única de momento, única de perfeito.

By Andrew Milk

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Só o seu sorriso

Expressão máxima da alma flamejada pela alegria. Sorriso. Encantador de maneira tal, que meus olhos ao contemplar, brilhantes estátuas se tornam.


Com os olhos sorrir e de maneira egoísta pensar: - são só meus. Mera ilusão.

Perfeição de sorriso que faz com que meus lábios ouçam o chamar para mais perto.
Beijar-te enquanto tua boca ainda é sorriso.
Mas como não se contagiar diante da perfeição?

E quando ao encostar com os seus, como quase que de reflexo, um sorriso abro em contra-partida, que logo se apaga diante da perfeição do seu.

Sorriso, só riso, riso, só, só sorriso, só o seu sorriso.


By Andrew Milk

terça-feira, 6 de abril de 2010

Eclipse

O impossível acontece. Quão grande é o sentir, mas os olhos não se cruzam, e nem ao sonhar os corpos se tocam. Que mar negro de escuridão é esse que vem separar-nos?

Sol orgulhoso. Com seu resplendor faz com que todos se afastem.

Lua bela e enamorada. De tão meiga, em meio ao mar negro, companhia das estrelas não lhe falta.

Tão diferentes. Feitos um para o outro.

Negro mar que faz dois seres de tão grande esplendor ao longe se amarem.

Do Sol tens o orgulho. Da Lua tens a encantadora beleza.

Amor impossível?

O impossível de nada vale para o amor. Na ansiedade me deito ao esperar o eclipse que por instantes há de nos unir.


By Andrew Milk

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Doceamargo ódio

Ódio, doce ódio, quem com seu sabor amargo desce em minha garganta querendo de algum modo ser manifestado.

Doce ódio que com seu sabor amargo faz-me querer ainda mais degustá-lo.
Doce. Amargo. Sabores tão distintos. Para a alma sabores completamente homogênios.
Doce ódio com seu sabor amargo, que passeia na alma enfurecida de quem foi atiçado.

Ira. Amiga derivada do ódio que de incontrolável flamejo se esvai com um só grito.
Doceamargo ódio. Que se dissipa e ao fim chega, por não ter sido manifesto.


By Andrew Milk

Tempo Insano

E quando o tempo é o autor de toda desordem?
Distância não em quilômetros mas em anos.

Olhas para mim como se eu pudesse fazer algo, porém, culpa é de toda minha em primeiro viver deixando-te retardatária. Tempo insano que nos faz sofrer. Abismo de anos que faz querer lançar-se ao ponto de ir contra a natureza que não nos deixa parar de morrer...

Sentar, e esperar, seria fingir que o óbvio não existe. Renegar algo que é concreto, real.

E o amor, crescente, caminha ao lado dos anos que um dia hão de ser insignificantes.


By Andrew Milk

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Razão Cruel

Os anos lhe são acrescentados e a razão entra de forma tão cruel, que o espaço do amor, que era de devido direito lhe dado, se torna nada.
Porque os anos são tão cruéis com o amor a ponto de se casarem com a razão?
Razão, cruel razão, és feliz separando o amor da pessoa a ser amada?
Razão, és tão cruel porque nunca amantes e sim só racionalizates, esboçastes em poucas retas o que é amor.
Conheces o amor de ouvir falar. Conheces o amor pois é ele quem tu separas, o que de princípio, nunca deveria ser separado.


By Andrew Milk