domingo, 24 de julho de 2011

Poesia Que Não Sei Escrever No Plural Sem Sentido

Não Sou mais um inteiro mas
Fracionado precisando juntar todo resto do
Meu plural que foi embora levando metade
De um sentido de ser sentido
Sem não ter plural pra ser inteiro
Enquanto vida em porções me
Viro e tento em dois me multiplicar afim
De inteiro voltar a ser sentido um
Que foi embora levando metade
Das saudades não lembrou e deixou
Essa inteira e em plural pois
tem S no final

By Andrew Milk

sábado, 23 de julho de 2011

Dure Enquanto Enterro

Frase mais sábia dita não há de existir
"Que seja eterno enquanto dure"
Tal que só sabe quem sente
Quem senta,soa,santo,sentimento efêmero
Perpetuado por instantes eternos e breves
Transtornos em peito que um dia quis ser aberto e entregue
Cuidado, lacrado, seu egoistizado
Maldito amor eterno efêmero que enterro
Porque fosses nascer se não era pra ser eterno até mesmo enquanto não durar?
Agora dure
Não mais aberto
Agora dure
Dure enquanto enterro

By Andrew Milk

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Nossa conversa em poesia

Necessidade de amor, de amar, se apaixonar
Não necessidade de alguém ou um porém, mas e o amor
Onde ele está?
Pessoas que se vendem por um simples "eu te amo"
Oco, magro e sem gosto
Que por algumas semanas duram, quase nada
Esvaídas pelo esgoto
Detalhes que quero que veja
Elogios que escute
Que meu coração bata mais apressado e que isso nunca mude
Na caminhada com Platão o amor é filosofia
Filosofar em trechos, textos, canções e morfia
Contigo era o que mais queria
Nossas conversas em poesia
Filosofar sem viver Amor, sem provar Amor, sem a loucura Amor
Em doces ilusões, ilustrações do que for
Fico eu a imaginar quando seria tomado por essa estranha dor
Idealizando um amor platônico que foge do real por ser ideal
Rude me torno ao pensar que ele pode ser sentido,banal
Enquanto isso ainda fico na necessidade em esperar
Necessidade do amor, de amor, do se apaixonar
Nas multiformas de amar

By Andrew Milk

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Menina Atrás da Franja



Aprender!
Shift + Delete!
Tudo o que somei em um passado se esvai
Em troca de algo novo e promissor
Breve linda vem
Ao me ensinar em detalhes
Que por mim desapercebidos não passam
Pois só em vê-la admirando-a aprendo
Palavras escolhidas que me inflamam por dentro
O mesmo faço fazendo-a
Atrás de uma franja pequena e lisa caída em seus olhos se esconder
Pequena linda se esconde atrás da franja
Pequena linda que me ensina em detalhes
Pequena linda em simplicidade mostra o turbulento
Que em suas mãos e palavras doce torna
Sonhos, esperança, amor, felicidade e destino iguais
Como pode ELA ser tão EU, e EU ser tão ELA?
Sabe tocar onde ninguém quase toca
Detalhes,
Sorrisos de lado
Livros
Futuros compartilhados
Sonhos assustados em sincronia
Palavras
Palavras escolhidas que á inflama por dentro
O mesmo ela faz
E se eu tivesse franja
Certamente me esconderia atrás dela.

By Andrew Milk

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ABRINDO PARÊNTESIS - Ballet x Jiu-Jitsu




Sempre Fui apaixonado por dança. Já dancei vários estilos como Lambada, Forró, Street Dance, mas nunca tinha chegado a esse ponto.

A 3 anos atrás, senti uma vontade imensa de dançar um estilo de dança que eu admirava muito, achava lindo, que era o Ballet. Corri atrás de um lugar que pudesse dar aulas para adultos, pois eu já tinha 21 anos de idade, mas por alguns problemas e capricho do destino, não deu certo.

Final do ano passado (2010), comecei a fazer Jiu-jítsu, uma arte marcial, até então deixando o meu sonho do Ballet de lado, quase que morto. Passado alguns meses, conheci uma pessoa que me apresentou o Studio de Dança Fernanda Barreto e me dizia que lá dava aulas de Ballet para adulto, pois eu tinha contado do meu sonho quase que falecido de aprender a dançar Ballet.

Nessa hora aparecem três dilemas em minha vida:

1. O preconceito que ainda existia dentro de mim mesmo sobre homem dançar Ballet.

2. O preconceito sobre o que os outros iam comentar da minha pessoa dançando Ballet.

3. Sair do Jiu-jítsu pra dançar Ballet enfrentando qualquer tipo de preconceitos dos meus colegas que treinavam comigo.

O meu amor pela dança era e é mais forte do que qualquer tipo de preconceito. Ninguém nunca vai imaginar a sensação que sinto quando estou dançando qualquer tipo de dança. Ninguém nunca vai imaginar a sensação que sinto quando visto meu uniforme de Ballet pra começar a fazer meus alongamentos, nunca vai imaginar o que é entra em um Studio e sentir a madeira trincar em baixo dos pés e o que é pisar no breu e deixar marcas no chão. Sentir dor e adorar, porque tudo aquilo vale apena, o sentir-se flutuando quando se dança, o fazer expressar cada nota de uma música com um gesto corporal, fazendo seu corpo um instrumento. Isso tudo é maior do que qualquer preconceito.

Meu Kimono é meu Uniforme. Meu Tatame é meu piso de madeira. O preconceito é meu adversário. E o Ballet, a dança, e a minha paixão.

By Andrew Milk

segunda-feira, 28 de março de 2011

Nada Se Perde

Em tempos em que
Tudo se torna monótono
Desprezível
E insaturado
Como se comportar perante o descarte?
De qual modo se pôr?
Sabendo que meu coração não é copas em carta de baralho onde pode ser descartado
Copo de plástico facilmente utilizado por segundos jogado fora
Quando os sentimentos viraram fúteis?
Em tempos em que
O amor de muitos esfriaram
Corações em cartas de copa
Mas
Há corações que gritam
NÃO a carência, mas SIM ao amor verdadeiro
NÃO ao descartável, mas SIM ao reciclável
Recriar o que usado e desgastado foi
Limpar o sujo e fazê-lo cristalino novamente
Renovar todas as coisas
Qual nome chamar a essa força se não de AMOR?
Pois na vida
Nos sentimentos
Sonhos e corações
Nada se descarta, nada se perde, tudo se recicla.




By Andrew Milk